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» » » » #EECNGO 1ª Pregação - Dimensões do Serviço

Keila Souza – Presidente do Conselho Estadual RCC Distrito Federal

O serviço cristão é o meio de darmos continuidade ao serviço de Cristo.

Nós servimos a Deus não por nossa escolha, mas porque desde o início fomos escolhidos por Ele. Deus já tinha previamente determinado antes mesmo de imaginarmos nossa existência.

O serviço cristão se dá por algumas dimensões:

1° IDENTIDADE - Reconhecemos a identidade do serviço cristão a partir de quatro palavras muito conhecidas por nós.

ESCOLHA - A nossa identidade de servo de Deus se dá primeiramente, pela escolha. Uma escolha de Deus em nosso favor. “antes que no seio materno fossemos formados Ele já nos conhecia e amava”. Deus nos escolheu primeiro.  Essa dimensão identitária passa por uma certeza de escolha. Escolher é separar, selecionar, eleger. Sabe por que você está aqui? Porque Deus te escolheu, te separou, te selecionou como servo Dele. Servo Dele coordenando um Grupo de Oração, servo dele compondo o núcleo de serviço, Deus te escolheu. Nós precisamos ter isso muito claro, nós estamos aqui porque Deus, assim como Ele nos amou primeiro, Ele nos escolheu primeiro. E tendo nos escolhido Ele nos chamou.


CHAMADO - Ele nos chama, e palavra chamar significa pronunciar em alta voz o nome de alguém para que venha, é convocar, é despertar alguém a seu encontro. O Catecismo da Igreja Católica n° 878 nos ensina que o chamado é pessoal. Para ser testemunha pessoal, assumir cada um a responsabilidade diante daquele que dá a missão. Deus não chama a multidão, Ele chama o Individuo. Deus já havia escolhido cada um dos apóstolos, discípulos, mas Jesus foi a cada um deles falar sobre o chamado, assim como Deus foi ter com cada um de vocês, e nos chamou “ vem e segue-me, vem servir a mim”. Esse chamado ressoa na alma, mesmo quando não queremos, mesmo quando vacilamos, força do chamado é maior que toda nossa fraqueza.  Isso faz parte da identidade de nosso serviço. Fomos escolhidos, fomos chamados, mas também somos capacitados.

CAPACITADO - Ser capacitado é ensinar, tornar hábil, tornar bom para um determinado serviço. Tornar alguém competente para aquilo. Não servimos a Deus porque somos capazes, mas dentro da escolha de Deus, com a graça Ele nos capacita nos ensina aquilo que é necessário para a missão que Ele nos determinou. Essa capacidade divina é potencializada pela cooperação humana, quando nós cooperamos com a graça. E como cooperamos com a graça? Quando nós nos damos ao conhecimento de Deus.

ENVIO – Enviar é mandar ir. É confiar uma tarefa. “vai querido, vai onde eu não posso ir fisicamente” nós somos as mãos de Deus, o olhar de Deus, o corpo de Deus no mundo. Ele nos envia a ir em seu nome. O documento 105 da CNBB vai nos dizer que o serviço do leigo não é menos importante do que o serviço do clero.  A importância do serviço a Deus não se dá pela função que nós ocupamos. A importância do nosso sim a Deus se dá pela graça do batismo, que nos confere a dignidade. Essa dimensão identitária vai nos identificar como servo do Senhor. Escolhido, chamados, capacitados e enviados a ser presença de Deus no mundo.   

2a SALVIFICA- Vem da salvação, pois a missão de Jesus, como nos fala (São João capitulo 3, 16) “a missão de Jesus é a missão de Salvar”. Quando servimos a Deus o nosso serviço se torna uma extensão da mão de Deus na continuidade da sua obra de Salvação. O nosso serviço a Deus é dizermos “Sim senhor, faça de mim uma extensão de tua mão e dê continuidade a sua obra de salvação.” Deus nos envia para que muitos outros vivam a experiência da salvação.

3a RELACIONAL – que se dá no relacionamento, no relacionar-se com o outro. O serviço a Deus exige uma estreita relação com Deus, uma estreita comunhão com aquele que nos escolheu, nos chamou, nos capacitou e nos enviou. “A missão é o extravasamento da graça recebida aos pés do Mestre” (São Francisco Xavier) Não pode ir aquele quem não vem ao encontro do Mestre. Quanto mais estou com Ele, mas eu posso ser voz de Deus.

4a COMPORTAMENTAL - que vem de comportamento, de como eu me comporto. O serviço cristão exige um testemunho de santidade. No parágrafo 116 do documento 105 da CNBB diz “A santidade de vida torna uma igreja atraente e convincente, pois os santos movem e abalam o mundo”. Se as pessoas não estão vindo a Jesus, é porque nosso testemunho não está sendo atraente.  Se nossas situações não estão sendo mudadas é porque não estamos dando um atraente e convincente testemunho de santidade. Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Quando estamos apegados as coisas do alto nós começamos a viver uma luta cada vez maior para estarmos de acordo com as coisas do alto.

Todos os dias pecaremos, mas todos os dias temos a graça de nos encontra com a misericórdia divina. A obediência é um dos pilares que sustenta a nossa autoridade espiritual. Nossa obediência não deve ser exterior, mas interior, devemos obedecer de coração. 

5a COMUNITÁRIA - a Igreja é a imagem terrena da comunidade. Não há Igreja sem comunidade. Devemos ser comunidade e por vezes queremos viver afastados da ação comunitária, da vivência com os outros. Assim como Deus é um só na diversidade das três pessoas, também a Igreja é unidade na diversidade. Aí somos chamados a compreender que devemos viver a cooperação mútua dentro da dimensão comunitária. Se não unirmos nossas forças não vamos a lugar nenhum.  Independente da função que fomos chamados devemos passar por uma cooperação mútua.

6a ESPONSAL - que vem da experiência de esposo.  O serviço a Deus requer de nós um alto grau de comprometimento.  A alegria de servir a Deus deve ser maior que qualquer barreira.  O nosso serviço a Deus deve viver a dimensão de entrega total. Independente da situação que estejamos vivendo, o servir deve ser com alegria.

Deus nos chamou nos capacitou e nos enviou, nos enviou numa dimensão de amor.

7a MANDAMENTAL – que vem dos mandamentos. Nos evangelhos, em especial o de Matheus capítulo 22, 34 ”Amarás o Senhor teu Deus...”. Posso não conhecer todos os mandamentos, mas nesses dois se resume todas a lei dos profetas.  Essa é a última relação que falamos aqui, a dimensão mandamental, do amor de Deus, mas também do amor ao próximo.  A obra de evangelização pressupõe ao amor fraterno. Devemos servir com amor a Deus e também ao próximo.

Adinezia Pereira Cristo
Grupo de Oração  Beata Helena Guerra
Ouriçangas - Bahia

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