Estão abertas as inscrições para o Estadual para Coordenadores e Núcleos de Grupos de Oração

Slider

Vídeos

Notícias

Ministérios

Artigos

Formação e Espiritualidade

RCC Brasil

» » » » Primeiro a devoção, depois a diversão?


Você já ouviu esta expressão: primeiro a devoção, depois a diversão? Certamente, o provérbio que você conhece diz exatamente assim: primeiro a obrigação, depois a devoção. Então, na casa da minha mãe o provérbio original foi adaptado e remodelado de modo que atendia à cultura e organização da família. Tínhamos que primeiro participar da Santa Missa aos domingos e somente depois, poderíamos usufruir das outras programações relacionadas ao lazer, ao ócio e à diversão.

Hoje, entendo perfeitamente o ponto de vista da minha mãe, como uma mulher de fé, católica e carismática, estava apenas nos transmitindo os atos de culto da religião católica, reforçando o respeito pelo Dia do Senhor, o terceiro mandamento do Decálogo (Dt. 5,12). No Novo Testamento, Jesus aperfeiçoa a Lei e o sábado passa a ser substituído pelo domingo, que lembra a criação nova, com a Ressurreição de Cristo (CIC 2190). Minha mãe entendeu perfeitamente o significado de “igreja doméstica” (CIC 1655) na educação e iniciação da vida cristã dos seus filhos.

Interessante que, o catecismo traz a importância de vivermos o domingo de forma plena e edificante, é um dia de santificação, voltado à piedade cristã, mas, um dia para vivermos de modo pleno. O domingo também é o dia da família, o dia do lazer, da ludicidade, da diversão, do ócio criativo, da brincadeira. E brincadeira, não é somente coisa de criança ou para as crianças, muito pelo contrário, a ação do brincar faz parte do desenvolvimento humano em todas as suas fases e em  diferentes faixas etárias. Os jogos e brincadeiras também foram presentes na vida dos Santos. Certa vez, São Domingos Sávio, ainda menino, brincava normalmente como todo menino. Perguntado sobre o que faria se soubesse que Jesus estaria a chegar naquele momento, respondeu com serenidade de quem não tem o que temer que “continuaria brincando” (Histórias de Vida - Pe. Antonio Queiroz;c.ss.r).

Muitos pesquisadores das áreas de Psicologia e Educação defendem a importância do brincar como forma de ação cognitiva (ação do pensamento), como meio de elaboração e reelaboração de conhecimentos, símbolos e significados da vida em sociedade. Brincar faz bem, é saudável, independe da idade cronológica e desperta a nossa criança interior! Por isso, que sabiamente a igreja evoca aos cristãos, guardar os domingos, pois, é o dia da Ressurreição do Senhor, dia santo, dia de alegria, dia da família e dia de brincar!

                                                                      

Mª Anete Marçal – Grupo de Oração Vem Senhor Jesus, paróquia São Cristóvão, coordenadora Arquidiocesana do Ministério de formação em São Salvador da Bahia. Pedagoga, Psicopedagoga, Psicoterapeuta e graduanda em Psicologia.

«
Next
Postagem mais recente
»
Previous
Postagem mais antiga