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Em outubro, o Portal da Renovação Carismática Católica do Brasil vai apresentar alguns artigos que explanam assuntos relacionados aos valores da família, especialmente no que se refere à educação dos filhos. O assunto será abordado por membros do Ministério para as Famílias e do Ministério para Crianças e Adolescentes da RCCBRASIL.

Serão reflexões sobre a temática à luz de um dos últimos documentos que a Igreja abordou isso, a exortação apostólica Amoris laetitia, do Papa Francisco.

Nesta série de textos, será tratado o capítulo sétimo da exortação que trata exclusivamente dos filhos. Sete temas serão abordados:

1. Onde estão os filhos?

2. A formação ética dos filhos

3. O valor da sanção como estímulo

4. Realismo paciente

5. A vida familiar como contexto educativo

6. Sim à educação sexual

7. Transmitir a fé


Confira o primeiro texto:


Onde estão os nossos filhos?
No documento Amoris Laetitia, o Papa Francisco nos escreve: “A família não pode renunciar seu lugar de apoio, acompanhamento, guia, embora tenha de reinventar seus métodos e encontrar novos recursos” (p. 159). Isso  revela a responsabilidade da família no atual momento social vivido pela humanidade, pois hoje, mais do que do que nunca, é indiscutível que a responsabilidade de educar encontra-se centrada na família e que os demais ambientes, tais como escola, igreja, clubes... são espaços de colaboração e contribuição desse processo formação. Não queremos dizer com isso, que os espaços acima mencionados não tenham responsabilidade nem importância na construção de personalidade (aspectos éticos, morais) do indivíduo, mas que a base do processo de formação deste, está centrada na dinâmica familiar e, em como os adultos conduzem o processo educativo da criança e do adolescente. A família foi e continua sendo o alicerce do ser humano. É o local onde este irá estruturar seus aspectos biopsicossocioeducacionais e internalizar emotivamente os processos básicos de afeto, respeito, solidariedade, cooperação, fraternidade, honestidade, segurança ou internalizará, ao contrário disto, outros componentes essenciais ou não para o convívio saudável ou doentio na sociedade.
Por isso, a tarefa de amar, educar e se comprometer com o processo educativo está centrado no adulto (sejam pais, professores, missionários da igreja..)  e todas as pessoas que participam de alguma forma do desenvolvimento do indivíduo, desde a infância até a fase da adolescência.  Passando esse período é o próprio indivíduo que cuidará de si e dos demais que estão à sua volta.
Podemos confirmar o que foi mencionado anteriormente com a citação:
A criança deve passar por um longo período de interação e dependência dos adultos. De fato, o seu crescimento acontece segundo os conhecimentos científicos de maneira bastante previsível; o ambiente, ao contrário, deveria fornecer o apoio indispensável para favorecer o processo de desenvolvimento; as metas de chegada evolutivas são atingidas graças à interação das potencialidades biológicas com a ação formativa da cultura e dos afetos. (...) Esses sinais são captados e interpretados por aqueles que formam o primeiro núcleo interativo, entendido como a família e, especialmente a mãe, dando origem àquelas experiências significativas que modelarão o indivíduo, permitindo o desenvolvimento de sua personalidade. De fato, os traços característicos do comportamento do adulto dependem, em grande parte, dos acontecimentos e da influência do período infantil, especialmente dos primeiros anos de vida.
(Bontempi e col,  p.23, 2013)

Sendo assim, poder buscar o equilíbrio na forma de educar as crianças é fundamental para que saiba amar, compreender o que está a sua volta e se proteger de ameaças do meio ambiente e até mesmo de outros indivíduos que podem ser do seu convívio ou não, mas que podem lhes proporcionar vivências traumáticas de ordem emocional, física e sexual.
Com isso, compreendemos que superproteger, também impede o indivíduo de amadurecer e vislumbrar a possibilidade de se autocuidar, necessitando sempre que o outro lhe aponte situações de perigo, ou de tranquilidade. Desta forma, evidenciamos que possibilitar a construção saudável do indivíduo, não é fácil, mas é necessário que cada adulto assuma sua responsabilidade de criar os filhos, possibilitando-os amadurecer psíquica e biologicamente através de um comportamento de equilíbrio frente ao mesmo.
“Portanto, para criar filhos, é preciso que homens e mulheres partilhem a função de prover e de cuidar” (Maldonado, p.6). Por isso, é essencial repensar as nossas feridas e tratá-las para cuidar bem do próximo (da criança) e, assim, o ciclo que se estabelecerá será o de amor, carinho e confiança. O adulto ferido, cria e estimula feridas na criança. Conforme diz Rosa Cukier, todo adulto tem uma criança ferida, ou curada que assim como discorrido, irá imprimir na criança os frutos saudáveis ou doentios do próprio coração.
“...o essencial é o compromisso de amar e de cuidar”. (Maldonado, p.6)
Sendo assim, é indispensável que repensemos nossa própria existência, para que desta forma possamos proporcionar a criança e ao adolescente uma existência baseada em princípios éticos e morais, onde a autoproteção e cuidado mútuo estejam presentes, impedindo que o indivíduo ponha em risco a própria vida e a vida das pessoas que o cercam. Assim, utilizará de uma liberdade consciente, onde o princípio básico de amor, afeto e cuidado sempre estarão presentes permeando a sua ação na sociedade.
Termino então, utilizando mais uma vez o que foi discorrido pelo nosso Papa: “Assim, a vida virtuosa constrói a liberdade, fortifica-a e educa-a, evitando que a pessoa se torne escrava de inclinações compulsivas desumanizadoras e antissociais”, quando são marcadas pelo equilíbrio do amor, afeto e cuidado.

Débora Alessandra de Souza- CRP 05/22591
Grupo Mãe da Divina Providência - São Gonçalo (RJ)

Referências Bibliográficas
BONTEMPI, Ana Maria e Col. A educação emotivo-afetiva na escola de educação infantil. São Paulo.  Ed.Paulinas, 2013
MALDONADO, Maria Tereza. Os primeiros anos de vida. São Paulo. Ed. WMF,2014.
MENA, Janel Gonzalez. Fundamentos da Educação Infantil. São Paulo. Ed. Pensa, 6º edição, 2015.
GIMAEL E AGUIAR, Patrícia e Selma. Infância Vivenciada. São Paulo. Ed. Paulinas, 2013.

Sobre a autora
Débora Alessandra de Souza é psicóloga clínica e escolar, Tatadramatista, mestre no ensino das ciências da saúde e do meio ambiente, especializada em Psicomotricidade e Psicopedagogia, formanda em Psicodrama e estudante do Método Floortime.
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Leia mais!

Leia  o documento completo que fala sobre o amor na família, a Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Amoris Lætitia, do Papa Francisco. Leia já!

Oração à Sagrada Família

Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais haja nas famílias
episódios de violência, de fechamento e divisão;
e quem tiver sido ferido ou escandalizado
seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré,
fazei que todos nos tornemos conscientes
do carácter sagrado e inviolável da família,
da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.
Amém!

Fonte: Portal RCCBRASIL

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