Este capítulo mantém o perfil do livro que tem como característica conselhos para uma vida de virtudes que agrada a Deus.
É possível encontrar neste, advertência aos que querem manter uma vida dupla; apresenta o excesso da bebida como contraditório aos que desejam ser sábios; alerta aqueles que tem preguiça de produzir no tempo adequado, já que não terão o que colher no futuro; adverte aqueles que podem ver benefício numa vida fraudulenta uma vez que tais práticas tem suas consequências; chama atenção daqueles que maldiz o pai e a mãe pois estes poderão ver “extinguir-se sua lâmpada no coração das trevas”, dentre outros conselhos relevantes.
Nesse capítulo possui também uma alerta que é acompanhada por uma palavra de esperança: “Não diga: eu me vingarei, coloca tua esperança no Senhor, ele te salvará”(22). Neste instante, o Senhor nos convida a trazer essa palavra para as situações que enfrentamos nos diversos ambientes que frequentamos, em especial aquele que convivemos: a nossa casa. Quantas vezes somos alvos de injúrias que nos desestabilizam e provocam em nós a ira que se não for aplacada, é capaz de nos levar a atitudes impensáveis que depois poderemos nos arrepender?
Partimos do ponto de que as pessoas de nossa casa não são nossos inimigos, mesmo com as diferenças existente entre os membros, Deus nos uniu em laços sanguíneos para que aos poucos pudéssemos perceber a beleza que existe em compartilhar a vida com aqueles que nos completam (Sim, eles nos completam). Deus é perfeito em sua criação, nos colocou neste mundo com algumas dependências, somos melhores quando estamos juntos, porque o que falta em mim, existe no outro, mas só conseguiremos perceber a sabedoria de Deus nesse contexto quando nos desarmarmos. O caminho para isso está em abolir do nosso meio o que nos separa: o egoísmo que nos leva a crer que sempre estamos certos, o espírito de competição, de sermos sempre os melhores, porque dessa forma, enquanto um é exaltado, o outro é humilhado e muitas vezes reduzido ao nada.
Depois de analisar essa questão, vale ressaltar que em muitos lares as diferenças entre os que habitam são gritantes, e muitos já desistiram de entender e amar os seus, então o ambiente se torna frio de afetos e prevalece o sentimento de vingança, de “pagar o mal com o mal”. Diante disso, somos convidados a olhar para a grande lição de amor gerada do alto da cruz: enquanto Jesus era crucificado injustamente, pedia ao pai que perdoasse, pois eles (os que o condenou) não sabiam o que faziam, isso não é ignorar as realidades adversas de nossas vidas, é acender uma luz no meio das trevas, é trazer para luz aqueles que estão cegos por nunca terem experimentado o amor de Deus.
Confiemos no Senhor! Ele nos salvará, mas salvará também nossa casa, salvará a nossa família! A parte boa é que Deus nos escolheu para levar amor para nossa casa, é conosco que Ele conta para mudar a realidade de nosso lar! Nós somos memórias do seu amor! Que o Espírito Santo aqueça nosso coração e nos leve a experimentar o que diz a canção: “perdoar o meu irmão, abrir meu coração e viver o amor, pra sentir a paz interior, sobre o mal ser vencedor”. Com o Espírito Santo conseguiremos!
Deus os abençoe irmãos, e viva a beleza de ser família!
Antônio Jorge Silva e Jaciane Silva
Ministério para as Famílias – RCC Salvador
Grupo de Oração Aliança
